Pesquisa RP Digital – Abracom

Volto para transmitir uma informação importante. Já está no ar a nova edição da pesquisa do Grupo de Relações Públicas Digitais da Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação). Faz algum tempo que não produzimos este tipo de levantamento, mas com a evolução do mercado vale a pena retomar isso.

A proposta é fazer um raio X da relação entre as agências – sejam elas de RP, Publicidade ou Digitais – e as mídias sociais. Além disso, devemos fazer um comparativo com o último levantamento realizado, que você pode conferir aqui:

Ela está um pouco mais extensa nesta edição, mas não é difícil e não levará muito mais tempo para responder. Acesse este link e participe. Se puder  encaminhar para outras pessoas ou divulgar, vai ajudar bastante!

Desejos profissionais para 2011

Faz um bom tempo que não passo por aqui. E realmente anda bem difícil manter esse espaço. Ainda insisto e já pensei várias vezes em matá-lo de vez. Afinal, nenhum leitor gosta de acompanhar um blog que não se presta a sua função principal.

De qualquer forma, preparei uma listinha com alguns desejos para o ano que se inicia. Tem outros vários, mas que precisariam de contextualização para serem publicados. Seguem sem nenhuma ordem específica. Apenas anotei os que surgiram na cabeça:

– Que os conceitos de métricas qualitativas se consolidem;
– Que o conteúdo relevante seja reconhecido pelas empresas e pelo público em geral;
– Que muitos profissionais de internet deixem de ludibriar seus clientes com febres de mercado;
– Que as empresas entendam que mídias sociais não são comunicação de massa;
– Que as organizações entendam o posicionamento e valor de sua marca antes de usarem as mídias sociais e compararem com uma Starbucks, por exemplo;
– Que retirem de seu vocabulário corporativo as expressões “vamos fazer um viralzinho” e “vamos criar um perfilzinho no Twitter”;
– Que os “especialistas” sejam desmascarados;
– Que blogs com excelente conteúdo ganhem ainda mais força em detrimento do besteirol espalhado por aí;
– Que o Home Office finalmente se torne uma realidade;
– Que a produção intelectual seja reconhecida e valorizada – a um preço justo, claro!
– Que o trabalho em mídias sociais seja integrado a um contexto maior de comunicação corporativa.

Um 2011 cheio de conquistas e realizações para todos nós!

 

As agências de comunicação e as mídias sociais

Já está disponível a segunda edição do levantamento que avalia o uso e a percepção das agências de comunicação – e seus profissionais – em relação às mídias sociais.

A base é quase a mesma do número de participantes do ano passado, mas a pesquisa traz alguns dados complementares e novas informações como, por exemplo, a empresa com presença digital que é considerada referência para quem atua nas assessorias de imprensa.

Houve, sem dúvida,  uma grande evolução do conceito e dos modelos de mídias sociais dentro das agências. Apesar disso, a justificativa do ROI – como já acontece com assessoria de imprensa – continua sendo uma das maiores dificuldades desse mercado, assim como demonstrar o real valor do trabalho.

Enfim, estas são apenas algumas informações. Confira os principais resultados, participe e comente:

Pesquisa – RP Digital

Sim, está bastante atrasada a pesquisa deste ano. Em breve, porém, teremos a análise completa. Enquanto isso, deixo aqui algumas considerações que já foram percebidas:

  • Em 2009 realizamos uma pesquisa para identificar o perfil do profissional de comunicação nas redes sociais e como ele utiliza esses recursos. Dessa vez, além de retomar o tema, a meta foi ampliar o volume de informações sobre este segmento;
  • Um longo questionário foi desenvolvido e distribuído apenas no ambiente digital;
  • Na edição 2010, 197 profissionais liberais de comunicação e de diversas agências participaram voluntariamente, base muito semelhante a do ano passado;
  • A maioria dos participantes é do sexo feminino (60%), do estado de São Paulo (57%) e formado em jornalismo e RP (71%);
  • Nesta edição houve uma grande participação – quase 50% com até 20 colaboradores – de agências de pequeno porte (47%). No total, mais de 114 agências participaram.
  • Até por conta dessa informação, é possível perceber que os donos/presidentes (15%) aparecem em volume grande;
  • A maior parte dos respondentes tem entre 18 e 30 anos (59%), o que demonstra um público bastante jovem.

Mídia alternativa? Talvez…

Gostei muito do texto escrito por Thais Pontes para o Yahoo! Posts. Em poucas linhas ela resumiu bem o que vem se tornando o mercado de blogs no Brasil. Ela levanta um ponto crucial do modelo/mercado de mídia social atualmente.

Sim, tudo é novo ainda para as empresas. Sim, é um mercado sem consolidação suficiente que gere metodologias padronizadas. Os blogs estão se transformando em mídia tradicional? Não sou contra – nem nunca fui – ao modelo de post pago. Aliás, nem sei porque retomei essa já batida discussão. Assim como em diversos mercados, se há produção de conteúdo relevante, creio que ela precise ser remunerada. Ninguém trabalha de graça. O ditado “tempo é dinheiro” continua mais válido do que nunca.

Mas é perceptível que muitos blogs perderam a espontaneidade e a liberdade editorial/criativa por conta de suas amarrações comerciais. Parecem muito mais próximos de veículos de comunicação do velho mundo do que imaginam. E teimam em dizer que não, não assumem esse processo como mídia.

O trabalho de RP Digital deve incorporar esse processo de publicidade – se considerarmos que o post ou tweet pago é mídia?

Na teoria sim. Afinal, o conceito puro de RP vai além da assessoria de imprensa, apesar do mercado brasileiro não trabalhar dessa forma. Já trabalhei com empresas que se recusam a fazer post patrocinado porque não querem forçar a barra ou enfiar sua marca guela abaixo do público do blogueiro.

Há milhares de argumentações contra e a favor, mas é algo a se considerar. Em pouco tempo, esse processo será engolido pelos departamentos de mídia das agências de publicidade e fim de papo.

E-book de RP Digital

Confesso que tive esta ideia faz algum tempo. Neste mesmo formato, inclusive, distribuído em PDF de forma gratuita, produzido de maneira colaborativa. Mas o pessoal já fez o trabalho e pelo pouco que li, parece bem interessante.

“Relações públicas digitais – O pensamento nacional sobre o processo de relações públicas interfaceado pelas tecnologias digitais”.

O conteúdo foi construído pelas professoras mestres Carolina Terra (USP), Daiana Stasiak (UFSM) e Judy Tavares (UFAM), do especialista Aurélio Favarin (UEL), dos relações-públicas Laís Bueno e Robson Ferreira, e do acadêmico de relações públicas Mateus Jesus Martins. Enquanto ainda não terminei de ler, #ficadica!

Clichê é pouco…

Por Paulo Henrique Lemos*

Tempos atrás fui a um evento de comunicação corporativa e voltei com uma penca dessas revistas “setoriais”, direcionadas a profissionais da área, especialmente os de nível gerencial. Nem sei se é prudente dizer isso, mas… que desânimo. Quase todas as matérias seguiam a linha “Necessidade de ouvir”, “Conteúdo + Interação = Reputação” e “Novas mídias: risco ou oportunidade?”.

Quem é do ramo já conhece bem esses clichês. Entrevistado por uma dessas publicações, certo gringo, apresentado como “especialista”, disse coisas (cito textualmente) como “Mídias Sociais são uma benção e um desafio para a gerência de reputação”, “Comunicações empresariais e reputações corporativas estão inerentemente ligadas” e, veja você, “Reputações demoram anos para serem construídas e, infelizmente, segundos para serem destruídas.” Numa outra revista, encontrei uma manchete que me deixou de queixo caído: “Conteúdo adequado em canal correto traz ganho de imagem”. É de virar os olhos ou não é?

As edições que recebi eram todas de 2010, mas podiam muito bem ser de 2009, 2008 e até 2007. Bastaria atualizar o número de usuários do YouTube e outros dados sobre o “tamanho da mudança”.

Um outro detalhe me chamou a atenção. Praticamente todas as pessoas retratadas faziam aquelas poses tipicamente “corporativas”, como a de braços cruzados, de lado, com enquadramento de baixo para cima (homens) e braços retos colados ao corpo ou apoiar do queixo entre o polegar e o indicador (mulheres). Me fizeram pensar que, definitivamente, não é isso que eu quero pra mim daqui a dez ou 15 anos (tenho 30).

Esse festival de platitudes me fez refletir sobre duas coisas, que espero, sejam de interesse e utilidade para você, colega de profissão. A primeira: não é possível que sejam essas as cabeças e idéias de quem chegou ao topo da profissão em comunicação corporativa. Se fossem, nossos líderes seriam dignos de um motim. Certo, para alguns públicos é preciso ser mais didático, talvez até mais político. Mas, pombas, as revistas são voltadas a profissionais da área!

Não acho que estou exagerando. E ilustro com o tijolaço de ficção abaixo o tipo de coisa que eu e quem está na turma da trincheira gostaríamos de ouvir alguém lá de cima dizer.

“Olha, atualmente fazemos um trabalho de monitoramento bastante básico, apenas em blogs e no Twitter, voltado para assuntos financeiros e de meio ambiente, que são os em que nossa marca tem maior exposição. Em parte por sermos uma empresa de atuação B2B, damos ênfase a métricas qualitativas, especialmente as de influência, e já fizemos contatos com os agentes de maior credibilidade no nicho, especialmente os mais críticos a nós. Por enquanto não temos perfis oficiais, mas mapeamos e reservamos todos os relevantes, não sem antes bater de frente com o pessoal do jurídico. Temos dificuldade em confiar nas agências que nos procuraram para apresentar um projeto, porque parecem muito cheias de certezas (e de ganância) para uma atividade tão nova e que evolui tão rapidamente. Aliás, a julgar pelos ‘cases’ requentados que vimos, nenhuma delas tinha um trabalho realmente interessante pra mostrar. Depois de duas crises em que não soubemos nos posicionar adequadamente, criamos um fluxo para intervenções e esclarecimentos pontuais nos principais ambientes da web. Não tem sido fácil, mas estamos nos estruturando internamente para lançar um projeto piloto de interação proativa, com foco no público de estagiários e recém-formados que nos procura todo começo de ano. Acreditamos que eles sejam mais abertos a dialogar por esses canais. De forma geral, nossa maior dificuldade tem sido trabalhar com um orçamento pequeno, lidar com o conservadorismo dos líderes, interagir com agilidade sem furar a hierarquia e ‘humanizar’ a forma como nos comunicamos, especialmente por escrito. Para isso, gostamos de apresentar regularmente aos diretores amostras de conteúdo publicado por gente ‘comum’, para que eles tenham noção de quem são as pessoas que gravitam em torno da nossa marca. Paralelamente a esse trabalho, estamos promovendo uma campanha interna de conscientização dos funcionários sobre o uso das mídias digitais, avaliando a real necessidade de criar uma política e colhendo um feedback precioso sobre o clima organizacional e a cultura corporativa. Já compartilhamos dados e insights com as áreas de RH, comercial e segurança patrimonial sobre o que realmente acontece e como pensa quem está dentro da empresa. Como se vê, estamos em fase de experimentação, e aprendendo com erros e acertos. Mas, aos poucos, temos conseguido gerar visibilidade positiva para a área, e colocar essas práticas de comunicação a serviço do negócio.”

Que tal? Se parece um pouco mais com a realidade que conhecemos, não? Pois é. Tenho convicção de que cada um dos gerentes e diretores ouvidos poderia ter contado uma história mais ou menos assim, e dado sua contribuição para a “nossa” conversa, a conversa de uma profissão que pode e deve se questionar, expandir e aprimorar sua atuação. Quem está na trincheira, na lida diária da atenção e da credibilidade, não espera outra coisa.

*Paulo Henrique Lemos não é jornalista. Escreve sobre comunicação todo dia ímpar, pontualmente às 15h, no www.paulohenriquelemos.com
.

Como os profissionais das agências de comunicação entendem as mídias sociais

No ano passado o grupo de RP Digital da Abracom do qual faço parte realizou uma pesquisa com as agências e assessorias de imprensa para entender melhor como o ambiente digital estava sendo encarado por elas. A proposta era compreender a visão dessas empresas de comunicação sobre as mídias sociais.

Está no ar a edição 2010 do levantamento. Precisamos considerar que o mercado mudou muito neste curto espaço de tempo. Por essa razão, há muitas diferenças, novos questionamentos e contextos na nova versão. Ela está mais longa, é verdade. Cansativa até. Mas vale a pena abordarmos todos aqueles pontos para podermos traçar um cenário real deste nicho.

No ano passado, por exemplo, o Twitter ainda não tinha a força que tem hoje. Muitas das agências não contavam com um trabalho estruturado com mídias sociais e as dúvidas eram muito grandes. Continuamos aprendendo dia a dia, mas houve, sem dúvida alguma, uma grande evolução desse mercado.

Outra novidade na pesquisa deste ano está na busca por informações mais profundas sobre a rotina do trabalho de mídias sociais das agências. Há pergunta sobre o modelo de acesso às plataformas, volume de profissionais envolvidos com comunicação digital e uma breve passagem pela visão e uso das redes sociais pelos clientes.

Será possível, ainda, descobrir, a qual departamento está subordinado o trabalho de mídias sociais e também, entre esses profissionais de comunicação das agências e empresas, quais são as companhias que eles consideram referência nesse contexto. O levantamento questiona os profissionais de comunicação a apontarem os 5 melhores blogs brasileiros – de qualquer área.

Então, se você é trabalha em uma agência, é assessor de imprensa de uma companhia ou profissional de relações públicas, participe e ajude a divulgar. A pesquisa deve ficar no ar entre 15 a 20 dias e, em breve, divulgaremos o resultado.