Reclamação geral

Em várias ocasiões coloquei aqui a discussão sobre a real necessidade de uma coletiva de imprensa. Todos sabemos que nada substitui o presencial, a conversa pessoal com os executivos, perguntas diretas. Mas a presença anda cada vez mais complicada. Nas últimas das quais participei conversei com vários colegas, na chegada e na saída, e fiquei surpreso com a falta de paciência generalizada.

Os atrasos para o começo do evento são habituais. Mas vou fazer as contas porque acho que a maioria das assessorias não contabiliza partes importantes na realização de uma coletiva. Em um dia de sorte, saí do Pacaembu e cheguei em 15 minutos no Itaim (normalmente levaria meia hora). Ok, isso foi atípico para São Paulo. A coletiva, marcada para 12h, começou por volta das 13h. Tudo transcorreu normalmente, apresentações seguidas de perguntas e respostas. Considerem que o evento foi encerrado por volta das 14h45, já com as sobremesas na mesa. Pedi o táxi. Resumindo, cheguei na redação 15h35. Ou seja, mais de três horas. Não vou dizer perdidas porque foi interessante, tinha conteúdo. Mas é muito tempo gasto.

Táxi e trânsito consomem um tempo importante dos jornalistas hoje em dia e isso precisa sim ser considerado. “Deviam usar mais a teleconferência ou coletiva via web”, confessou um jornalista que também aguardava o carro na saída há alguns minutos.

Compromisso

Um ponto que eu queria ressaltar é o fato de fazer o evento começar no horário. Convencionou-se que a coletiva sempre tem início uma hora depois da combinada. Até mesmo os jornalistas atrasam porque já sabem disso, portanto, também são culpados por isso. Quem chega cedo, como é o meu caso, sempre é prejudicado e vê uma hora passar e a bexiga encher de tanto copo de água na espera.

Uma dica? Comecem no horário previsto. Os colegas que atrasarem para chegar que se expliquem com seus editores, com seu público leitor, que paguem mico de ficar fazendo perguntas já respondidas pelos executivos. Ele vai perder um pedaço da coletiva um dia, mais uma parte em outro e vai começar a se policiar para chegar no horário. Chega de perder três ou quatro horas em uma coletiva de imprensa. Depois tem gente que me pergunta porque ando sumido.