Representante legítimo… e?

Estava lendo outro dia o sempre ótimo blog do Mauro Segura. Motivado pelo caso do atleta americano Michael Phelps, ele tratou, com bastante propriedade, dos riscos de associar uma marca a uma pessoa. Sempre achei isso muito arriscado e tenho minhas ressalvas em relação ao efeito real disso para o consumidor.

Com esse assunto, outro fato me chamou a atenção. E quando essa “celebridade” é o líder da própria companhia? Não estou falando de empresa brasileira, claro. Refiro-me à Apple de Steve Jobs. Nem preciso ficar aqui contando a história dele e da empresa, vocês já devem conhecer bem. Se não, cliquem aqui. O cara é um trator.

O que tem causado certo desconforto são os boatos em torno de seu estado de saúde e as discussões sobre os rumos da companhia que foi ressuscitada por Jobs e seus iPod/iPhone. As ações da empresa oscilam à medida que um novo “boletim médico” é publicado. Muitos acreditam, inclusive, que o futuro da Apple é sombrio sem o líder Jobs. E isso, do ponto de vista de imagem e marca, é extremamente perigoso.

Ter um líder como Jobs é desejo de muitas organizações pelo mundo, especialmente das brasileiras que não conseguem formar alguém como ele nem na porrada. Então deixo algumas perguntas aqui:

  • É possível formar alguém que possa substituí-lo?
  • Essa postura de um executivo ser a cara (e alma) da empresa não é arriscado demais?
  • Por qual razão não temos líderes como ele no Brasil?