E por falar em “manuais”

globo

Fiquei feliz em saber que motivei um post de Mauro Segura sobre o tema do assunto tratado logo abaixo. E, talvez por sorte, essa questão dos guias emergiu nos dois últimos dias. Não aplicado às empresas, mas a dois grandes veículos de comunicação.

Segundo José Roberto de Toledo informou, a Folha de São Paulo disparou um comunicado com regras para o uso do Twitter. No dia seguinte, Lauro Jardim diz que a Globo também pretende normatizar o uso das mídias sociais entre seus contratados. E o assunto pegou fogo nas próprias redes sociais.

Em um primeiro momento gostei desse movimento. Vejam: não estou defendendo a forma como os meios de comunicação estão “determinando” a utilização desses novos canais. Mas acho que é um avanço não só tratar sobre o tema como alertar os profissionais para alguns processos básicos. Até porque tenho visto muita gente sem a menor noção de utilização dessas plataformas tecnológicas.

Na outra ponta, a maneira impositiva e as características de restrições – segundo as notas publicadas – acabaram por jogar um balde de água fria nas minhas expectativas.

Não vi os comunicados oficiais, mas pelo que foi exposto pelos dois jornalistas (Toledo e Jardim), há uma nítida falta de compreensão dos veículos sobre estas novas mídias. A forma e o direcionamento dado aos profissionais de dois dos mais importantes meios do País demonstram claramente os motivos da crise da mídia tradicional. Parece-me que não há flexibilidade, disposição ou interesse em aproveitar bem os canais digitais.

Em vez de usá-los a seu favor, alguns veículos tentam limitar seu uso, impor receio dos profissionais em utilizar o twitter, criar blogs, interagir com o público.

As tecnologias podem mudar de tempos em tempos, mas a necessidade de comunicação sempre existirá. Espero que isso seja revisto ou que os demais veículos vasculhem um pouco do que se falou sobre estes dois casos na rede para tentar outras estratégias.

Atualização: já publicaram a carta enviada pela Globo na íntegra.