Porque os guias corporativos de mídias sociais não pegaram no Brasil?


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Eu e minhas perguntas. Vou começar o post logo com uma. É possível delimitar a utilização das mídias sociais em favor da comunicação? A primeira resposta que vem à cabeça e parece bem clara: seu estúpido, claro que não!

Concordo. Em partes. Quando falamos de gestão de reputação, valor de marca, percepção do mercado em relação à empresa, produto ou serviço, o buraco é mais embaixo. Cuidar da reputação de uma organização ou marca é um negócio bastante complicado. E tudo isso pode ser destruído em apenas poucos minutos e, porque não, por um próprio funcionário.

Entendam que não estou dizendo que as empresas precisam coibir a livre expressão de opinião. Mas é preciso separar um pouco as coisas. Nem sempre a visão da empresa é a mesma de um colaborador e vice-versa. Isso pode causar conflitos extremos e prejuízos enormes para uma corporação. Aliás, como sempre, Mauro Segura – da IBM, que inclusive é uma das empresas mais conectadas e que mais estimula a comunicação – escreve muito bem sobre isso aqui e aqui.

Sempre que me questionam sou enfático: sou contra o bloqueio de ferramentas de comunicação digital – inclua aí MSN, Twitter, etc. Acho que a orientação e treinamento podem ser muito mais vantajosos e proporcionarem resultados mais surpreendentes do que o cerceamento (tá, já sei, os diretores de tecnologia me odeiam por conta disso).

Um material bem produzido para demonstrar o que é, como funciona e, principalmente, maneiras éticas e transparentes de utilizar a comunicação seria algo que ajudaria bastante. E isso é chamado lá fora de Social Media Guide, mas é melhor mesmo um guia de mídias sociais, dedicado exclusivamente aos colaboradores/funcionários.

Como de costume neste mercado digital, não existe receita de bolo pronta. Montar este guia não é tão simples como parece. É preciso entender primeiro como funcionam os processos de comunicação da empresa, de que forma os colaboradores estão inseridos neste contexto, qual a relação deles com as mídias sociais e assim por diante. Mas acho que vale a pena pensar nisso. As empresas deveriam apostar mais nesse tipo de conteúdo.

Separei alguns links que podem ajudar:

Guia preparado pela Intel
Guidelines da IBM
Material da BBC sobre o tema
Conteúdo excelente de Brian Solis

Conhece mais algum bacana? Indique nos comentários.

5 comentários em “Porque os guias corporativos de mídias sociais não pegaram no Brasil?

  1. Edu. Sua análise é perfeita e obrigado por citar meu blog. Eu não conhecia o Guia da Intel, que achei excelente e tem muita coisa parecida com o guia da IBM. Você me inspirou a escrever um post. Abraços. Mauro Segura.

  2. Mauro – venho tentando estudar este tema faz algum tempo, mas sinceramente acho que ainda não pegou no Brasil, infelizmente. Fico feliz em saber que inspirei um novo post seu.

    Laís – obrigado pela visita. realmente, a maioria ainda bloqueia por temer a dispersão, quando na verdade essa dispersão pode acontecer com ou sem mídias sociais.

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