Um momento para o comercial

Quem acompanha esse blog sabe que não gosto, mas vou aproveitar. Queria falar sobre a participação em dois cursos especiais que falam sobre comunicação digital. Gostaria, inclusive, de contar com sugestões de temas que podem ser abordados com o pessoal por lá. Enfim, lá vão.

O primeiro veio a partir do convite de Rodrigo Capella. É da Escola de Comunicação, do Comunique-se, e acontece a partir de 25/5, permanecendo até 14/9. O tema: “Comunicação Corporativa na Web 2.0”. Realizado em dezesseis aulas, conta com a presença de diversos profissionais do mercado e tem como meta oferecer embasamentos de planejamento, atuação e mensuração de ações digitais. Estarei por lá no dia 29/06.

O segundo acontece no próximo dia 26/05. Vou participar a convite do amigo Felipe Morais. Esse trata da construção das marcas no ambiente online, apresentando como pensá-la, estruturá-la e agir nesse contexto, entender como se relacionar com o consumidor para geração de bons resultados no ambiente digital.

Anotem aí:
1. Curso – Comunicação Corporativa na Web 2.0
Quando – de 25/05 a 14/09
Informações: Telefone: (11) 3897-0860 e cursos@comunique-se.com.br

2. Curso – Redes sociais voltadas para negócios
Quando – 25 e 26/05
Informações: (11) 3138.5200 e edexecutiva@trevisan.edu.br

Apareçam!

Desejos profissionais para 2011

Faz um bom tempo que não passo por aqui. E realmente anda bem difícil manter esse espaço. Ainda insisto e já pensei várias vezes em matá-lo de vez. Afinal, nenhum leitor gosta de acompanhar um blog que não se presta a sua função principal.

De qualquer forma, preparei uma listinha com alguns desejos para o ano que se inicia. Tem outros vários, mas que precisariam de contextualização para serem publicados. Seguem sem nenhuma ordem específica. Apenas anotei os que surgiram na cabeça:

– Que os conceitos de métricas qualitativas se consolidem;
– Que o conteúdo relevante seja reconhecido pelas empresas e pelo público em geral;
– Que muitos profissionais de internet deixem de ludibriar seus clientes com febres de mercado;
– Que as empresas entendam que mídias sociais não são comunicação de massa;
– Que as organizações entendam o posicionamento e valor de sua marca antes de usarem as mídias sociais e compararem com uma Starbucks, por exemplo;
– Que retirem de seu vocabulário corporativo as expressões “vamos fazer um viralzinho” e “vamos criar um perfilzinho no Twitter”;
– Que os “especialistas” sejam desmascarados;
– Que blogs com excelente conteúdo ganhem ainda mais força em detrimento do besteirol espalhado por aí;
– Que o Home Office finalmente se torne uma realidade;
– Que a produção intelectual seja reconhecida e valorizada – a um preço justo, claro!
– Que o trabalho em mídias sociais seja integrado a um contexto maior de comunicação corporativa.

Um 2011 cheio de conquistas e realizações para todos nós!

 

As agências de comunicação e as mídias sociais

Já está disponível a segunda edição do levantamento que avalia o uso e a percepção das agências de comunicação – e seus profissionais – em relação às mídias sociais.

A base é quase a mesma do número de participantes do ano passado, mas a pesquisa traz alguns dados complementares e novas informações como, por exemplo, a empresa com presença digital que é considerada referência para quem atua nas assessorias de imprensa.

Houve, sem dúvida,  uma grande evolução do conceito e dos modelos de mídias sociais dentro das agências. Apesar disso, a justificativa do ROI – como já acontece com assessoria de imprensa – continua sendo uma das maiores dificuldades desse mercado, assim como demonstrar o real valor do trabalho.

Enfim, estas são apenas algumas informações. Confira os principais resultados, participe e comente:

Quando as empresas vão entender?

Trabalhar com comunicação no Brasil é algo bastante complicado. Quem está nesse mercado sabe bem o que estou dizendo. Já falei aqui diversas vezes que os conceitos parecem complexos demais para as empresas. Com as mídias sociais então, vixe, o negócio ficou ainda mais nebuloso. Não entenderam ainda que a comunicação, na maioria dos casos, é semelhante ao direito ou à legislação fiscal: em mutação constante, exigindo atualização freqüente do conhecimento.

As estratégias de atuação no ambiente digital ainda não ganharam contornos a ponto de criar padrões no mercado. E isso traz ainda mais dúvidas. Se até mesmo os profissionais de comunicação estão aprendendo com os novos meios, os gestores das empresas não têm obrigação, diriam alguns.

Isso não é uma verdade absoluta. Eles deveriam, sim, conhecer. Afinal, como vão exigir uma postura profissional e competente de uma empresa de comunicação se não sabem o que desejam, se não conhecem ou, ao menos, experimentaram estes novos canais digitais para cobrarem um serviço proativo, um gerenciamento da reputação da companhia? Colocar a marca/produto/serviço de uma empresa nas mãos de uma agência é uma responsabilidade e tanto.

Outro dia, numa conversa informal com um amigo, falávamos sobre a febre das redes sociais. O papo caiu para o modismo de algumas opções de mídias. Uma hora é um Second Life que está por cima da carne seca. Outra hora aparece um Twitter que o povo abraça. Este é – e sempre foi – o modelo do mercado de tecnologia. As mídias podem ser passageiras, mas a necessidade de comunicar não só é eterna como cresceu exponencialmente com a internet.

Muitas ainda teimam em aplicar recursos em ações completamente isoladas. Nada contra as campanhas digitais. Longe disso. Eu acho que os meios precisam ser aproveitados em sua plenitude, mesmo que e principalmente para a divulgação de iniciativas pontuais. Mas, em alguns momentos, parecem acreditar em milagres da multiplicação, esperam resultados de mídia de massa com campanhas nas redes sociais. Muitas companhais não entenderam e não dão a devida atenção à proposta de nicho desses novos meios.

Algumas empresas – e muitos gestores por aí – ainda acham que conseguirão reverter situações críticas, problemas com consumidores, falhas operacionais com campanhas em mídias diversas, inclusive digitais. Não percebem que investir em rede/mídias sociais é parcela de uma estratégia muito maior e integrada de comunicação.

Simplesmente, não entenderam que comunicação não resolve problema de gestão!