Nada! Não, não não. Estou brincando. A gente sempre aprende alguma coisa. O Social Media Week – #smwsp, evento realizado simultaneamente em vários locais do mundo, parece ter entrado definitivamente o ciclo nebuloso de alguns dos maiores eventos que o Brasil já teve. Depois de um tempo, vira mais do mesmo. Discussões em círculos, personalidades repetidas, nada efetivamente novo para mostrar.
Quem não se lembra de grandes eventos de tecnologia. Comdex, Fenasoft, entre tantos que levavam milhares de participantes aos salões. Sobrou a Futurecom e olhe lá. Aí você me diz: pô, mas o mercado mudou muito, há milhares novos meios de informação, formatos variados, etc. É mesmo? Não diga. Há quanto tempo não acontece um Barcamp?
Podemos dizer que foi muito papo, muito oba oba para pouco conteúdo relevante ou diferente do básico que o mercado já conhece. Mas seria muito leviano falar isso. Conversei com algumas pessoas que participaram de quase todo o evento. A sensação é a mesma que restou dos grandes eventos: networking. Ver e rever gente, conhecer pessoas que ainda não estão inseridas no seu ciclo de amizade/trabalho e assim por diante. E isso é positivo. Afinal, por trás de tudo isso há sempre alguém de carne e osso.
A supresa (será mesmo?) ficou por conta da pesquisa da JWT sobre a “real” influência das mídias sociais. Muitos criticaram o levantamento. Por medo, inclusive. Afinal, os dados mostram que é importante dar um passinho atrás, rever os conceitos e todas as firulas que circundam esse mercado. Que o meio não é tudo isso que falam – e vendem – e que a mídia tradicional continua tendo lá sua grande relevância por ser ainda um veículo de massa.
Receio de perder a boquinha. Medo das empresas, já tão reticentes, afundarem suas ideias recentes de se inserir nesse mundo irem parar bem no fundo da gaveta. Medo de quebrar determinados “mitos” construídos nesse ambiente de forma fajuta e sem fundamento. E não me venham com tijolos. Eu trabalho com isso hoje. Durante o #SMW, porém, poucos tiveram coragem de falar o que mais valia a pena: ninguém é ainda soberano da razão em mídias sociais e, no fim das contas, aprendemos que temos de continuar aprendendo o tempo todo nesse universo digital.
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