O maldito “reply”


Já publiquei alguma coisa por aqui sobre as gafes cometidas na hora de redirecionar ou responder um e-mail na relação entre assessores e jornalistas. Mas a colaboração de um amigo jornalista é uma das melhores que já recebi e vai para o quadro de campeãs. Vejam abaixo:

Certo dia estava no aeroporto esperando um vôo para Miami de uma empresa que me convidou e uma assessora de imprensa de uma empresa de telefonia me ligou dizendo o seguinte. “Olá, Fulano. Tudo bem? Estou te ligando para convidá-lo para um evento da nossa empresa amanhã, aqui na cidade amanhã”. Estranhei o convite em cima da hora e completei:

“Obrigado pelo convite, mas estou no aeroporto indo para o exterior. Só volto daqui uma semana”. Não demorou muito, recebi um e-mail com o seguinte teor: “Olá, Fulana. Falei com o jornalista há pouco. Ele estava no aeroporto indo pra outra viagem. Esqueci de convidá-lo para o evento de amanhã e, portanto, não poderia ir. Mas falei de uma forma como ele fosse a pessoa mais importante do mundo. Olha só que sorte!

Só que a sorte dela é que o e-mail foi parar na minha mão em vez da chefe dela. Sinceramente não liguei para o ocorrido, mas não ia perder a oportunidade de mostrar que recebi o conteúdo. Encaminhei o e-mail para a chefe dela complementando: “Olha, recebi este e-mail por engano. Acho que é seu! E só lembrando…não sou tão importante assim”.

Disso tudo, fica um aprendizado. Tanto do lado da imprensa, quanto do lado da assessoria, é melhor guardar consigo sentimentos particulares. Se falar já não é aconselhável, imagine escrever e entregar na porta errada.

6 comentários em “O maldito “reply”

  1. Já passei por uma assim. Recebi um release sobre uma peça de teatro e pedi um par de convites — na cara dura. Recebi, de volta, um e-mail:
    “Renata, além de escrever meu nome errado, ela ainda quer um par de convites. Adivinha o que ela merece”….
    Não aguentei e respondi: “Mereço respeito, a princípio”.
    Nunca recebi uma resposta com tamanha lorota. Era mais ou menos assim: “Mil desculpas, Cintia, mas você recebeu um e-mail errado. Acho que hackearam minha caixa de mensagens, jamais escreveria isso para você. Vou entrar em contato com o pessoal de TI, imediatamente”. Nem conto o final da história…. desci do salto

  2. hahahahahahahaha…coitada da coitada da assessora! tem uma coisa que aprendi que é o seguinte: “é preciso descer do salto para acabar com a arrogância da imprensa'( leia-se assessores, jornalistas e quem mais tá na roda)” é exatamente nessas horas que a gente precisa mudar de postura: a assessora precisa aprender que jornalista não é executivo, mas que ela precisa dar resposta rápida e eficiente ao jornalista para o bem do cliente dela. E verdadeira, please! se isso muda, o jornalista não reclama da assessoria que não responde email, a assessoria não precisa ligar vinte vezes para jornalista e nem jornalista precisa mendigar entrevista.´são os pequenos gestos que mudam uma cultura. seja verdadeiro com jornalista, responde email quando solicita entrevista e não alimente o ego dele que já é maior do mundo! o ego do coitado do jornalista não é grande por ele, mas porque alguém trata ele como se ele fosse alguma personalidade. ele até pode ser, mas isso é uma outra história. e mesmo sendo, isso não significa que ele seja arrogante. uai, porque então a imprensa arrogante?………

  3. Cara, acho que você errou ao responder o e-mail com cópia para chefe da assessora. Erros acontecem e não me parece ético ou correto tripudiar sobre eles.

  4. Fala Felipe, tudo bem?
    Sinceridade, não concordo, a não ser pelos erros acontecem. O problema é a postura da assessora. O que não me parece ético é o comentário sobre o jornalista. Depois, quando eu digo que algumas assessorias e assessores (as) menosprezam veículos considerados menores e só dão atenção aos grandes, tem gente que me olha torto. Sei que a prioridade na maioria dos casos é definida pela própria fonte, mas geralmente esse povo esquece que amanhã esse jornalista “quase importante” pode estar num dos jornalões ou revistas semanais.
    Abraço e valeu pelo comentário.

  5. essa foi péssima realmente. já recebi release que tinha como cabeçalho, antes do release, o registro da troca de emails para a aprovação do texto, com indicações de erros de português, e etc. Mas uma vez foi pior, abaixo do release havia uma troca de emails entre dois “namorados”, aquelas mensagens bem meladinhas de começo de namoro. Era estranho porque estava sendo convidada a ler algo totalmente íntimo de alguém que eu não sabia nem quem era…. vai entender.

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